No dicionário, auê significa farra, tumulto, confusão ou barulho causado por uma algazarra. No palco, ‘Auê’ marcou a história da companhia Barca dos Corações Partidos. O espetáculo estreou em 2016 e se tornou um sucesso que nunca mais saiu de cartaz. Após rodar diversas cidades brasileiras e receber 38 indicações e 18 troféus nas mais importantes premiações do gênero, o musical estará de volta, com o patrocínio da Amil One, para uma apresentação única, sem público presencial e com transmissão ao vivo gratuita, dentro do projeto #CulturaEmCasa, no próximo dia 17 de julho, às 20h.
Em cena, a companhia Barca dos Corações Partidos apresenta 21 canções autorais e inéditas, no espetáculo que mescla teatro, dança, performance e, claro, música. Criada em processo coletivo com a diretora Duda Maia, a encenação utiliza as letras como dramaturgia e os oito atores/cantores ainda são responsáveis por tocar todos os instrumentos ao vivo nesta verdadeira farra teatral.

A idealização do projeto é fruto da parceria do grupo com a Sarau Agência, da produtora Andréa Alves, também responsável pelas outras montagens da companhia, como ‘Gonzagão – A Lenda’, ‘Ópera do Malandro’, ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’, ‘Macunaíma’ e ‘Jacksons do Pandeiro’.
Todas as composições de ‘Auê’ foram compostas pelos atores da Barca (Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Beto Lemos, Eduardo Rios, Fábio Enriquez, Renato Luciano, Ricca Barros) e alguns colaboradores, como o cantor e compositor Moyseis Marques, que protagonizou a Ópera do Malandro com eles, e Laila Garin, que esteve em ‘Gonzagão’. Tudo foi criado nas muitas excursões da trupe e ‘apresentadas’ em ônibus, vans e camarins Brasil afora.

Em um processo que durou cerca de seis meses, o grupo selecionou algumas músicas, compôs outras e contou com o retorno de Duda Maia, diretora de movimento de Gonzagão, que assumiu a direção geral.
“As canções são altamente teatrais e a companhia já tem uma ligação muito forte, uma identidade. O desafio foi potencializar este encontro e integrar os instrumentos ao que acontece em cena. Brincamos ao falar que eles ‘vestem’ os instrumentos. Não é simplesmente pegar o instrumento e tocar, não é um show. A ideia é que tudo aconteça de forma natural, integrada à cena”, explica Duda, que ressalta o intenso trabalho corporal (“não se deve confundir com força ou vigor”) do grupo.

Seguindo o conceito principal do trabalho, os atores promovem uma verdadeira celebração musical – ou um auê, como preferir – no palco. Ao longo dos números, a diversidade musical e rítmica das canções fica explícita nos arranjos assinados por Alfredo Del-Penho e Beto Lemos, que passam por samba de roda, baião, rock, valsa, ijexá, maracatu e coco. “A musicalidade da peça é uma grande homenagem à cultura musical brasileira, os ritmos dialogam com dança e teatro o tempo todo”, resume a diretora.

Ficha Técnica
Um espetáculo da Barca dos Corações Partidos
Direção: Duda Maia
Direção audiovisual: Diego de Godoy
Direção musical e arranjos: Alfredo Del-Penho e Beto Lemos

Com: Ádren Alves (Percussão, sax soprano e vocais) Alfredo Del-Penho (Violão, guitarra, baixo, cavaquinho, flauta, percussão e vocais) Beto Lemos (Guitarra, violão, rabeca, sanfona e percussão) Eduardo Rios (Sanfona, sax tenor e vocais) Fabio Enriquez (Trompete, percussão e vocais) Renato Luciano (Violão, trombone e vocais) Ricca Barros (Baixo, sax alto e vocais) Artista convidado:

Rick de La Torre
Iluminação: Renato Machado
Design de Som: Gabriel D’Angelo
Direção de Arte: Kika Lopes
Direção de produção: Andréa Alves
Diretor assistente: Eduardo Rio
Coordenação de Produção: Leila Maria Moreno

 

TEATRO SÉRGIO CARDOSO

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